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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

História do Skatismo



Várias pessoas afirmam serem os inventores do Skate. O que se sabe é que em torno de 1950, alguns surfistas, em época de maré baixa, queriam se divertir também nas ruas.

Estes inventores começaram com caixas de madeira ou pranchas com rodas de patins fixadas embaixo, o que resultou em vários acidentes. As empresas verificando um possível crescimento nesta área começaram a fabricar plataformas de camadas prensadas de madeira - semelhantes aos decks de skates de hoje. Durante este período o skate era visto como algo a fazer para se divertir depois de surfar.

Em 1963, Skate estava em um pico de popularidade, e empresas como a de Jack, Hobie Makaha começaram a realizar competições de skate. Neste momento, o skate era na sua maioria, slalom e downhill freestyle. Torger Johnson, Woody Woodward e Danny Berer foram alguns skatistas conhecidos neste momento, mas o que fizeram parecia quase completamente diferente do que skateboarding parece hoje! Seu estilo de skate, chamado de "freestyle", é mais como dançar balé ou patinação no gelo com um skate.

Então, em 1965, a popularidade do  skateboarding caiu, sendo tratado como modismo temporário e os skatistas tinham que desenvolver seus equipamentos do zero, mas o skate não deixou de ser praticado.
Em 1972, Frank Nasworthy inventou as rodas de uretano, que são semelhantes ao que a maioria dos skatistas usam hoje. Sua empresa foi chamado Cadillac Wheels, ea invenção despertou novo interesse no skate, entre surfistas e outros jovens, fazendo com que em 1975 o esporte tomasse um grande impulso.

No final da década de 70 o skate enfrentou sua segunda queda na popularidade. Os parques públicos skate foram sendo construídos, mas como o skate era considerado uma atividade esportiva perigosa, as taxas de seguro ficaram fora de controle. Este fato, combinado com a queda de popularidade fez com que os skateparks fossem fechando suas portas.
Os skatistas começaram a montar suas próprias rampas em casa e utilizar-se de obstáculos encontrados na rua. A prática do skate estava saindo da categoria de um movimento subterrâneo, e passando a utilizar as ruas como um grandioso skatepark.

Visualizando esta retomada do esporte, pequenas empresas começaram a criar e fabricar o que o consumidor solicitasse, fazendo com que a criatividade apresentasse aos skatistas novos e variados  modelos de skates e equipamentos.

.Foi também na década de 80, com o surgimento do videocassete, que a prática do skate se popularizou, com seus vídeos de skate revolucionário, encantando com suas manobras. Em 1984 foi lançado o primeiro longa sobre skate.

No final da década de 80 a popularidade do skate caiu novamente, mas de forma menos incisiva, continuando a ser praticado pelas ruas.
Em 1995, a ESPN realizou seu primeiro Extreme Games, em Rhode Island. Esta primeira X Games foi um enorme sucesso, e ajudou a puxar skateboarding mais perto do mainstream, e mais perto de ser aceito pela população em geral. Em 1997 o primeiro Winter X Games foi realizado e foi classificado como "Extreme Sports", tornando o esporte muito popular e amado.

Desde 2000, a atenção dos meios de comunicação e o lançamento contínuo de produtos têm resultado em um maior investimento no esporte, em todos os sentidos.

Hoje, já existe um movimento para transformar o skate em esporte olímpico.
O sakte é um esporte individual que nunca parou de evoluir. Hoje os atletas profissionais trabalham para superar todos os limites do corpo e equipamento, melhorando seu desempenho. Em contrapartida as espresas trabalham para tornar estes equipamentos mais leve e forte para atender estas espectativas.



Fonte: www.about.com
Tradução e adaptação:
Equipe Tackle
 
 
 

História da Musculação

Texto do PROF. ADAUTO JOÃO PULCINELLI


Não existe uma data precisa de quando surgiram as primeiras manifestações de levantamento de pesos. A história da musculação é muito antiga existindo relatos que datam do início dos tempos afirmando a prática de exercícios com pesos. Em escavações na cidade de Olímpia foram encontraram pedras com entalhes para as mãos permitindo aos historiadores intuir a utilização destas em treinamentos com pesos. Há registros de jogos de arremessos de pedras através de gravuras em paredes de capelas funerárias do Egito antigo mostrando que há 4.500 anos atrás os homens já levantavam pesos como forma de exercício físico.

A história de Milon de Crotona discípulo do matemático Pitágoras (500 à 580 a.C.), seis vezes vencedor dos Jogos Olímpicos, ilustra um dos métodos de treinamento mais antigos da humanidade, cujo princípio fundamental e utilizado até hoje, isto é, a evolução progressiva da carga. Milon treinava com um bezerro nas costas a fim de aumentar a força dos membros inferiores, e quanto mais pesado o bezerro ficava, mais sua força aumentava. Os relatos mostram que Milon foi um dos primeiros a se preocupar com a suplementação alimentar e que ele comia por dia 9 kg de carne, 9 kg de pão e 10 litros de vinho - gerando um total de 57 mil kcal. Ele também era capaz de matar um boi com as mãos e comê-lo sozinho. O nome da cidade de Milão é em sua homenagem. Diz a lenda que morreu devorado por lobos, pois ficou preso ao dar um golpe em uma árvore.

Os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, em Atenas (1896) envolveram 14 países, 241 atletas tiveram uma duração de 10 dias e foram assistidos por 280 mil pessoas. Eles foram marcados por uma precária organização, infra-estrutura, qualidade técnica, respeito às regras e, não admissão de mulheres nas provas, contudo, os levantamentos de peso já faziam parte das 43 provas entre os 9 esportes olímpicos da época. No levantamento de pesos com as duas mãos o campeão foi o dinamarquês Viggo Jensen e na exótica prova do levantamento de peso categoria “um braço” o campeão foi o britânico Launceston Elliott que passou a posar seminu, exibindo seu físico para revistas de fotografias. Fato que gerou um escândalo que levou à não realização da prova na Olimpíada seguinte em Paris (1900). O levantamento de peso retornou na Olimpíada Seguinte em Saint Louis (1904).


O CULTURISMO (MODELAGEM)
A história mostra que a partir do final do século XIX o chamado “culturismo”, juntamente com o “halterofilismo”, tinha suas atenções voltadas para as companhias circenses e teatros, onde eram apresentados “os homens mais fortes do mundo”. Nomes expressivos daquela época tais como Louis Attila, Eugen Sandow e Charles Samson participavam de exibições e confrontos, disputando este título. Attila, em 1887, na Europa, durante o jubileu da Rainha Vitória, recebeu do Príncipe de Gales uma pequena estátua com a figura de Hércules cravejada com 36 diamantes, o que o tornou famoso. Como conseqüência disto, pessoas de todo o mundo viram no desenvolvimento dos seus músculos uma forma de enriquecer. Ginásios foram abertos por toda a Europa, que na época era o berço dos homens fortes.

Eugen Sandow
Louis Attila

  

Attila fundou o seu ginásio em Bruxelas onde e recebia alunos da Universidade de Leyden, gerando grandes nomes como Frederick Muller. Este, num confronto com Charles Samson, venceu-o, e tempo depois foi vencido por Sandow, denominado na época como “Aristocrata dos Culturistas”.
Eugen Sandow nascido na Alemanha em 1867 se converteu em um ídolo do esporte e por 30 anos foi considerado o melhor físico do mundo. Aos 16 anos já aparentava um físico bem desenvolvido, que mostrava que tinha um potencial genético favorável. Trabalhou em circo com a intenção de correr o mundo, e com isso adquiriu ali a base para um grande desenvolvimento muscular. Porém o circo em que trabalhava foi à falência em Bruxelas e ele se viu sem emprego. Conheceu ali o professor Attila que viu em Sandow um grande potencial de atleta. Attila o tomou como pupilo e o ensinou a treinar com pesos e a posar. Passaram então a fazer exibições em várias cidades com demonstrações de força.

Em 1889 se separaram e Sandow foi rodar a Europa, sem destino certo terminando em Veneza. Em Veneza um artista americano chamado Aubrey Hunt surpreendeu Sandow banhando-se em um lago, que resolveu pintá-lo em um lenço. Esta peça hoje se encontra na coleção particular de Joe Weider.
Sandow então passou a ser desafiado para provas de força. Retornando à Londres resolveu encarar um desafio que era lançado por dois homens fortes da época e que pagavam 500 libras esterlinas quem conseguisse superá-los.

Até Sandow aparecer ninguém tinha conseguido, ele então facilmente venceu o desafio e a partir daí começaram exibições por toda Inglaterra. Por quatro anos Sandow percorreu a Inglaterra com exibições de força e poses. Até que em 1893 um empresário americano o convenceu que fosse para os EUA. Nos EUA ele não se deu muito bem. Mas em uma exibição na Alemanha, conheceu o mais célebre empresário de espetáculos de todos os tempos, Ziegfeld, que percebeu que Sandow era uma figura muito admirada pelas mulheres.
Ele o levou para a Exposição Mundial Comemorativa do Descobrimento da América, em Chicago. Alugou um teatro e preparou uma aparição diferente do habitual que eram apresentações de musculosos com peles de leopardo. Quando todos menos esperavam entra Eugene Sandow com uma simples sunga. As mulheres foram à loucura. O êxito foi fantástico e com isso rodaram Canadá e EUA. Em São Francisco Sandow lutou e venceu um leão (previamente drogado e desdentado). Fazia shows particulares para mulheres, shows de levantamento de pesos que até hoje não foram superados, porém depois de alguns anos fazendo isso sem descanso entrou em colapso nervoso.

Regressou a Inglaterra onde se casou com uma garota muito bela chamada Blanche Brrokes. Recuperou-se física e mentalmente, e a partir daí se dedicou a abrir ginásios de cultura física e reformular os hábitos alimentares das pessoas. Abriu com êxito escolas de cultura física por toda Inglaterra.


Iniciou uma revista em 1898 - "Sandow Magazine", publicou vários livros inclusive uma obra que deu nome ao esporte internacionalmente: "Bodybuilding, or Man in the Making". Inventou aparelhos e criou cursos de ginástica por correspondência que foram verdadeiros marcos na cultura física, foi um dos primeiros defensores do ensino da educação física em colégios e escolas, desenvolveu exercícios para reduzir as dores do parto, pediu a empresários que deixassem que os assalariados fizessem um pouco de ginástica por dia, o que talvez sugere que ele seja também o criador da ginástica laboral. Foi talvez o primeiro personal trainer da história, pois era professor particular dos reis Eduardo VII e George V, da Inglaterra. Foi um benfeitor da humanidade no que tange o aspecto do treinamento com pesos, da cultura física, do exercício, da educação física. Não era santo, sentia uma fraqueza por mulheres que também o assediavam. Isso causou muitos problemas ao seu casamento.
Morreu em 1925 tentando tirar o seu carro que caiu em um buraco após ter derrapado na estrada. Com o esforço teve uma hemorragia cerebral, provavelmente não só do esforço, mas também da queda e batida do carro. Foi enterrado como indigente, devido a problemas com a mulher, no cemitério londrino de Putney Vale.
O homem que foi intitulado pelo rei George I da Inglaterra como: "Professor da Ciência da Cultura Física de sua Majestade", hoje está imortalizado pela homenagem de Joe Weider que escolheu sua imagem (segurando uma barra com pesos de bola) para o troféu de premiação para o maior evento do mundo de musculação que é o Mr. Olympia. Neste sentido, Eugen Sandow (1867-1925) deve ser respeitado e perpetuado um dos grandes homens de todos os tempos na Musculação.
O Culturismo propriamente dito, surgiu do halterofilismo competitivo na década de 1940 através do halterofilista canadense Josef (Joe) Weider, cuja iniciação no culturismo aconteceu em 1939, quando ele por acaso teve acesso a uma revista de halterofilismo. Joe decidiu então construir e modelar seu corpo com o propósito de afugentar e se proteger dos tipos brigões que assolavam a vizinhança onde morava em Montreal.
Weider foi a um ferro-velho onde forjou duas barras com anilhas a partir de rodas e eixos de automóveis e começou a treinar em casa. Quando começou a notar o aparecimento dos resultados de seu treinamento, convenceu-se de que, como ele, outras pessoas gostariam também de se beneficiar do treinamento com pesos.
Com os $7,00 que tinha, Joe iniciou a publicação de um informativo chamado “Your Physique”. Um ano depois, definiu seu esporte como algo diferente do halterofilismo de competição, o que implicava num tipo de treinamento que utilizava especificamente movimentos compostos, cujo único propósito era desenvolver tamanho muscular em uma proporção equilibrada, dentro de determinados padrões que seguiam determinadas regras.
Seus métodos eram empíricos, já que observava, estudava e mesclava técnicas de halterofilistas uma vez que a ciência do treinamento desportivo e a fisiologia de exercício ainda estavam em seu início. Logo descobriu que o êxito para este novo esporte se baseava antes de tudo em velocidade, técnica e, sobretudo, potência, porque ajuda o desenvolvimento físico.
Preocupado também com a alimentação dos atletas, Joe pesquisou fontes de nutrição que acreditava ser alimentação saudável, como, por exemplo, uma taça de aveia com fruta cortada em pedaços, acompanhada de suplementos.
O treinamento com pesos e a dieta adequada seriam a medicina preventiva do século 21. Atualmente, os treinamentos com pesos (ou treinamento resistido) são requisitos prévios para melhorar o rendimento em todos os esportes. Uma dieta baixa em gordura, rica em proteínas de alta qualidade e carboidratos complexos complementaria a parte nutricional dos atletas que desejam aumentar a sua massa muscular.


Fonte:vsites.unb.br/fef/downloads/adauto/historia_e_evolucao.doc

terça-feira, 14 de setembro de 2010

História do Motociclismo



Em 1869, Sylvester Roper (EUA) e Louis Perreaux (França), fabricaram uma bicicleta equipada com um motor à vapor.  Nesta época o vapor já era amplamente utilizado e, mesmo com a fabricação do motor à gasolina, o motor a vapor continuou a ser fabricado até 1920.
Em 1885 o alemão Gottlieb Daimler,auxiliado por Wilhelm Maybach inventou o motor com combustão interna, que proporcionou a fabricação de motos em escala industrial. Já no século XX é que o motor foi colocado na parte interna do triângulo formada pelo quadro. Esta medida foi adotada por todos os fabricantes.
No dia 29 de novembro de 1897, em um subúrbio de Londres (Surrey), acontece a primeira corrida  - batizada de Motorcycles Scrambles. Era o início das competições de motociclismo.


Fausto Macieira nos treinos livres para a Motorcycle Scrambles.
Em 1898 os ingleses entram e James Norton lança a marca “Norton”, que ficou famosa por vencer a primeira prova de motovelocidade no  "Tourist Trophy", circuito de estrada da Ilha de Man, na costa da Inglaterra.
É também de origem inglesa o famoso ditado sobre motocicleta: "If there is anything better than a motorbike, God must have kept for him in heaven" (Se existe algo melhor do que a motocicleta, Deus guardou-o para seu uso no céu).
As motocicletas foram sendo aperfeiçoadas devido as invenções subsequentes, como Dunlop e Michelin (pneus).
Com os progressos da engenharia, fábricas de motos proliferavam por todos os lugares. Antes da virada do século, as inglesas Ariel (1893), Royal Enfield (1898) e Matchless (1899), disputavam espaço com a belga Sarolea (1898) e as francesas Clement (1898) e Peugeot (1899). Os alemães entram na briga com a NSU (1901), e em 1903 surge a lendária Harley-Davidson, um ícone do motociclismo norte-americano que influenciou muitas gerações de motociclistas.
Em 22 de dezembro de 1904 surge a Federação Internacional de Motociclismo – FIM, mas foi somente no pós guerra que começaram a ser disputados os campeonatos mundiais de motociclismo, modalidade velocidade, categorias 125, 250, 350, 500 e side car 500cc, no ano de 1949. No motocross, o torneio das nações aconteceu pela 1a vez em 1947, e 10 anos mais tarde, o 1o mundial de cross, na categoria 500cc, vencido pelo sueco Bill Nilsson. O maior campeão da história do motociclismo é o italiano Giacomo Agostini, com 15 títulos mundiais, 7 na extinta categoria 350cc e 8 na 500cc.

Em 52 anos de mundial de motovelocidade, os pilotos brasileiros conseguiram 6 vitórias, a 1ª em 1973, no GP da Espanha, em Jarama, com Adú Celso Santos, na categoria 350cc, com Yamaha, e as demais com Alexandre Barros (1 com Suzuki e 5 com Honda), que além dos 5 topos, tem mais 16 pódios e 3 poles. Já no motocross, os brasileiros jamais venceram uma prova ou conquistaram posições de destaque.

Hoje a motocicleta está em todos os lugares, com uma infinidade de modelos, cores e tamanhos. O Brasil é o 3º maior mercado motociclístico do planeta, e poderia ser ainda mais forte se fabricantes, dirigentes e usuários de motos e equipamentos fossem mais conscientes de seus papéis no mundo motociclístico.

As coisas acontecem de forma meio casuística por aqui, mas isso não ocorre só no segmento das duas rodas. As motos surgiram no século 19, atravessaram o século 20 e seguem firmes século 21 adentro, provando a cada dia que são muito mais que um simples veículo, elas representam um jeito diferente de se viver. Agora mesmo, nesse presente momento, elas cruzam as ruas de São Paulo, as areias do Teneré, as planícies da China ou as neves da Finlândia, desempenhando as mais diversas atividades. Isso não é virtual, é realidade. Legal né!!!

Em 52 anos de mundial de motovelocidade, os pilotos brasileiros conseguiram 6 vitórias, a 1ª em 1973, no GP da Espanha, em Jarama, com Adú Celso Santos, na categoria 350cc, com Yamaha, e as demais com Alexandre Barros (1 com Suzuki e 5 com Honda), que além dos 5 topos, tem mais 16 pódios e 3 poles. Já no motocross, os brasileiros jamais venceram uma prova ou conquistaram posições de destaque.

Hoje a motocicleta está em todos os lugares, com uma infinidade de modelos, cores e tamanhos. O Brasil é o 3º maior mercado motociclístico do planeta, e poderia ser ainda mais forte se fabricantes, dirigentes e usuários de motos e equipamentos fossem mais conscientes de seus papéis no mundo motociclístico.

As coisas acontecem de forma meio casuística por aqui, mas isso não ocorre só no segmento das duas rodas. As motos surgiram no século 19, atravessaram o século 20 e seguem firmes século 21 adentro, provando a cada dia que são muito mais que um simples veículo, elas representam um jeito diferente de se viver.

Fonte:www.vulcaneirosdobrasil.hpg.ig.com.br
Adaptação: Equipe Tackle

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

História do Ciclismo


Egito, reinado de Ramsés II (1298-1232 a.C.), a roda com raios anima um sonho humano: mover-se sem pôr os pés no chão nem depender de animais. Hieróglifos remetem a supostos biciclos.

Leonardo da Vinci
A idéia atual de uma bicicleta é atribuida à Leonardo da Vinci, em 1492 e o primeiro testemunho desta idéia é do frei Ricius (jesuita italiano), no século 16. Regressando da China o frei fala de uma charrete acionada por alavancas.
 
  

O primeiro registro da existência de veículo com propulsão humana, apareceu após a renascença. Em 1680 Stephan Farffler, que era paraplégico, construiu para si uma cadeira de rodas de três rodas, movidas por um sistema de propulção por alavanca manual.

Várias outras referências de veículos de propulsão humana são encontradas até 1800, todas construídas na forma de carruagem.
 

A bicicleta, como conhecemos hoje, foi desenvolvida, como um brinquedo, pelo Conde de Sivrac. O brinquedo foi construído totalmente em madeira e não possuía sistema de direção. A idéia era a de tentar se equilibrar encima do artefato em uma descida.

O alemão Barão Karl von Drais, engenheiro agrônomo e florestal vindo de família de posses, pode ser considerado de fato o inventor da bicicleta.

Em 1817 instalou em um celerífero um sistema de direção que permitia fazer curvas e com isto manter o equilíbrio da bicicleta quando em movimento. Além do mais a "draisiana" tinha com um rudimentar sistema de freio e um ajuste de altura do selim para facilitar o seu uso por pessoas de diversas estaturas.

A invenção foi patenteada em 12 de janeiro de 1818.

Pouco tempo depois o ferro foi introduzido na sua contrução estimulando novos projetos com suspensão no selim e rodas, mas ainda com a propulsão sendo realizada pelo andar do condutor.

Em 20 de abril de 1829 acontece a primeira competição em Munique. A prova envolveu 26 “drausianas” em uma distância de 4,5km. Seu vencedor cumpriu o percurso em 31,5’ minutos (média de 8,6 km/h), um feito para a época.

Em 1839, o escocês Kirkpatrick Macmillan, criou os pedais em balanço ligador a um virabrequim no eixo da roda traseira por meio de alavancas. A bicicleta funcionava bem, mas mesmo assim não se tornou popular


Pierre Michaux e filho, desenvolveram um sistema de propulsão que fosse ligado diretamente a roda dianteira. O objetivo era fazer com que a máquina se deslocasse mais facilmente. Acabaram criando um quadro de ferro e um sistema de propulsão por alavancas e pedais na roda dianteira, chamando o novo invento de “velocípede”.


Foi após a Revolução industrial que as bicicletas começaram a ganhar importância e público. Em 1868, na Exposição de Paris, a importância ficou clara. Primeiro conquistou os parisienses, logo em seguida a Europa e o mundo, pois eram mais baratas e ocupavam menos espaço do que qualquer outra opção de transporte da época (charretes, carruagens e carroças), além da redução significativa de custo em manter transportes com tração animal.

Com o aumento da utilização das bicicletas, aumentaram também os problemas (acidentes, disputas de espaços públicos, questões legais e sociais, dentre outras) e, por estes motivos, inciaram-se os clubes de ciclistas, organizando competições e adquirindo maior espaço na sociedade.

No final do século XIX, as bicicletas de rodas grandes passam a ser substituídas pelas “bicicletas de segurança”, popularizando o produto, que é o modelo que conhecemos hoje. Com a popularização, melhorou-se o processo produtivo, reduzindo o custo ao consumidor, mas ainda havia um problema - o conforto.

Em 1888, o inglês John Boyd Dunlop patenteou o pneu com câmara de ar e em 1891, Edouard Michelin, Francês, aparece nas competições com seus pneus sem câmara de ar.

O domínio na tecnologia na transmissão por corrente também fez grande diferença porque esta cria um efeito elástico que diminui trancos nos pés e joelhos do ciclista. A bicicleta passaria a ser mais suave de conduzir.

Todas estes melhoramentos tecnológicos derrubaram em parte a visão de dificuldade de condução, insegurança e incomodo que foi formada nos tempos do biciclo e das primeiras bicicletas, o que fez com as novas bicicletas se popularizassem e foram evoluindo cada vez mais.

Vale a pena citar duas grandes revoluções recentes: o Projeto Coasting da Shimano e a nova geometria de quadro criada pela Electra, as "flat foot".

Shimano, a maior fabricante de peças de qualidade do mercado mundial, decidiu no início dos anos 2000 aumentar suas vendas. Para tanto contratou a mesma companhia que criou o iPod para saber o que era de fato o mercado da bicicleta e qual o melhor passo para o futuro. Depois de pesquisas a conclusão foi que só nos Estados Unidos havia 161 milhões de potenciais compradores de bicicletas que se sentiam esquecidos. Desta pesquisa começou a surgir uma geração de bicicletas com câmbio automático, sem cabos aparentes, e de freio contra-pedal. Na Europa o projeto vai um passo adiante e além do câmbio automático gerido por um micro computador, o dínamo instalado no cubo acende os faróis automaticamente ao escurecer, e ainda se fala sobre um sistema de suspensão inteligente.

O outro lado desta revolução que atende um público até agora esquecido é a geometria "flat foot". A idéia é tão simples quanto genial: boa parte dos que tem medo de usar uma bicicleta porque quando estão parados não conseguem apoiar os pés por completo no chão. Na geometria clássica com a altura correta do selim o ciclista apóia só as pontas dos dedos quando parado. A Electra simplesmente deslocou a caixa de movimento central um pouco para frente da linha do tubo de selim, o que faz com que a perna do ciclista fique corretamente esticada ao pedalar e permita que se apóie por completo os pés no chão quando se está parado. Outro detalhe desta nova geometria é que o entre eixos da bicicleta fica um pouco mais longo, portanto o comportamento da bicicleta fica mais estável e lento, o que oferece uma dirigibilidade mais previsível e segura para ciclistas pouco habilidosos. Para completar o pacote, a Electra deu a seus produtos um ar algumas vezes infantil, outras saudosista, e agora um pouco europeu. O sucesso é completo e vem influenciando os grande fabricantes.

O ciclismo chegou ao Brasil no final do século IXX e as provas mais importantes eram disputadas no Velódromo do Clube Atlético Paulistano, inaugurado em 1895, em São Paulo, onde hoje fica a Rua da Consolação. Nas ruas da cidade também eram disputadas grandes provas, entre elas a tradicional 9 de Julho, desde 1933. O primeiro Campeonato Brasileiro foi disputado na cidade de Porto Alegre em 1938.

A Federação Paulista de Ciclismo foi fundada em 1925. A partir de 1930, outros velódromos surgiram, entre eles o Clube Brasil, o Ciclo Clube Ardanuy e o Bom Retiro.

Os ciclistas brasileiros só começaram a ganhar projeção internacional na década de 50. Cláudio Rosa, em 1952, venceu o torneio Ciclístico Internacional, em Assunção, no Paraguai. Em 1954, Rosa voltou a se destacar com a conquista do Campeonato Americano de Resistência. Anésio Argenton foi outro ciclista brasileiro que ganhou fama no Campeonato Americano: faturou as provas de velocidade e de quilômetro contra o relógio.

Nos Jogos Olímpicos o desempenho do Brasil sempre foi discreto, mas a Comissão Técnica Brasileira tem trabalhado constantemente para reverter esta situação e tornar o Brasil um país de referência no ciclismo.



Equipe Tackle

História do Basquete no Brasil

O Brasil foi um dos primeiros países a conhecer a novidade. Augusto Shaw, um norte-americano nascido na cidade de Clayville, região de Nova York, completou seus estudos na Universidade de Yale, onde em 1892 graduou-se como bacharel em artes e onde Shaw tomou contato pela primeira vez com o basquete.

Dois anos depois, recebeu um convite para lecionar no tradicional Mackenzie College, em São Paulo. Na bagagem, trouxe mais do que livros sobre história da arte. Havia também uma bola de basquete. Mas demorou um pouco até que o professor pudesse concretizar o desejo de ver o esporte criado por James Naismith adotado no Brasil. A nova modalidade foi apresentada e aprovada imediatamente pelas mulheres. Isso atrapalhou a difusão do basquete entre os rapazes, movidos pelo forte machismo da época. Para piorar, havia a forte concorrência do futebol, trazido em 1894 por Charles Miller, e que se tornou a grande coqueluche da época entre os homens.

Aos poucos o persistente Augusto Shaw foi convencendo seus alunos de que o basquete não era um jogo de mulheres. Quebrada a resistência, ele conseguiu montar a primeira equipe do Mackenzie College, ainda em 1896. Uma foto enviada ao Instituto Mackenzie nos Estados Unidos, mostra o que seria a primeira equipe organizada no Brasil, justamente por Shaw. Estão identificados Horácio Nogueira e Edgar de Barros (em cima), Pedro Saturnino, Augusto Marques Guerra, Theodoro Joyce, José Almeida e Mário Eppinghauss (em baixo).

Primeira equipe de basquete no Brasil, formada por Augusto Shaw no Colégio Mackenzie (SP), em 1896.
Shaw viveu no Brasil até 1914 e teve a chance de acompanhar a difusão do basquete no país. Faleceu em 1939, nos Estados Unidos.

A aceitação nacional do novo esporte veio através do Professor Oscar Thompson, na Escola Nacional de São Paulo e Henry J. Sims, então diretor de Educação Física da Associação Cristã de Moços (ACM), do Rio de Janeiro.

Em 1912, no ginásio da rua da Quitanda nº 47, no centro do Rio de Janeiro, aconteceram os primeiros torneios de basquete. Em 1913, quando da visita da seleção chilena de futebol a convite do América Futebol Clube, seus integrantes, membros da ACM de Santiago, passaram a freqüentar o ginásio da rua da Quitanda. Henry Sims, convenceu os dirigentes do América a introduzir o basquete no clube da rua Campos Salles, no bairro da Tijuca. Para animá-los, arranjou um jogo contra os chilenos oferecendo uma equipe da ACM, com o uniforme do América que triunfou pelo curioso score de 5 a 4. O plano vingou e o América foi o primeiro clube carioca a adotar o basquete.

As primeiras regras em português foram traduzidas em 1915. Nesse ano a ACM realizou o primeiro torneio da América do Sul, com a participação de seis equipes. O sucesso foi tão grande que a Liga Metropolitana de Sports Athléticos, responsável pelos esportes terrestres no Rio de Janeiro, resolveu adotar o basquete em 1916. O primeiro campeonato oficializado pela Liga foi em1919, com a vitória do Flamengo.

Em 1922 foi convocada pela primeira vez a seleção brasileira, quando da comemoração do Centenário do Brasil nos Jogos Latino-Americanos, um torneio continental, em dois turnos, entre as seleções do Brasil, Argentina e Uruguai. O Brasil sagrou-se campeão, sob a direção de Fred Brown. Em 1930, com a participação do Brasil, foi realizado em Montevidéu, o primeiro Campeonato Sul-Americano de Basquete.

Em 1933 houve uma cisão no esporte nacional, quando os clubes que adotaram o profissionalismo do futebol criaram entidades especializadas dos vários desportos. Nasceu assim a Federação Brasileira de Basketball, fundada a 25 de dezembro de 1933, no Rio de Janeiro. Em assembléia aprovada dia 26 de dezembro de 1941, passou ao nome atual, Confederação Brasileira de Basketball.
 

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Artigo: A prática esportiva utilizada como ferramenta educacional



Desde seu nascimento, o ser humano se relaciona e sofre influências do meio ao qual está inserido, e sua evolução total é diretamente proporcional a todos os processos relacionados ao desenvolvimento social, físico, motor, cognitivo e afetivo.




O período em que este processo ocorre com maior intensidade é na infância, trazendo mudanças fundamentais para a formação de condutas sociais e afetivas, bem como para as características físicas, de personalidade e temperamento, além do óbvio benefício para a saúde.



O esporte, como ferramenta educacional, auxilia na capacitação do indivíduo em lidar com as mais diversas situações: promove a elevação da autoestima, ensina a superar adversidades, conhecer seu papel e obrigações dentro de um contexto social, delinear objetivos e metas, buscar constantemente a excelência, trabalhar em equipe, desenvolver um pensamento lógico e colaborar com o desenvolvimento da sociedade.



Segundo a Academia Americana de Pediatria, até os seis anos de idade as crianças devem participar de atividades esportivas que tenham por objetivo a diversão e não a competição. A experimentação de vários esportes e posições de jogo, bem como atividades motoras simples são recomendadas.



Outra recomendação é a análise da adequação e utilização de equipamentos de segurança e programas infantis de esportes, relativos à idade.



A preocupação é válida, visto que, nos Estados Unidos, em pesquisa publicada em agosto de 2010, chegou-se ao número de 12 milhões de crianças e jovens/ano atendidos em emergências (públicas e particulares), por lesões resultantes da prática de esportes.



Os benefícios da prática esportiva são bem maiores que suas restrições, assim sendo, cabem aos educadores, pais e demais agentes envolvidos terem consciência de que o trabalho em equipe e o desenvolvimento de habilidades são mais importantes que o fato de ganhar a competição, transformando a prática esportiva em uma experiência agradável.


Roberta Beretta
Equipe Tackle